quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Questões para reflectir no prenúncio de uma campanha presidencial

Alguém dizia a propósito das presidenciais, e à luz de umas notícias que saíram ontem e hoje, que Marcelo já tinha sido "arrumado" com o caso BES, e que agora tinha chegado a vez de Santana Lopes lhe ver aplicada a mesma sentença. Para já, Rui Rio ainda permanece incólume às "forças estranhas" que se movimentam por aí.

Das relações demasiadamente íntimas entre Marcelo e a família Espírito Santo já muito se falou e, para muitos, especialmente para aqueles que lhe são mais críticos, este é por si só um factor impeditivo de qualquer aspiração a uma corrida presidencial por parte do "professor".

Já quanto a Santana Lopes é curioso ver que, estando a  terminar o seu primeiro mandato na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com um bom desempenho, diga-se, e poucos dias depois do Governo o ter reconduzido à frente daquela instituição para mais três anos, tenham surgido no espaço de 24 horas duas notícias "cirúrgicas" no jornal Público assinadas por José António Cerejo. A primeira notícia cita (mal) uns pareceres disponibilizados pela própria SCML no seu site e acusa Santana de estar a conduzir aquela instituição para um futuro sombrio.

Não só isso não é verdade (tendo aliás a situação financeira da SCML melhorado em relação a anos anteriores), como os próprios pareceres não revelam nada daquilo referido na notícia. Enfim, não é de agora, mas sabe-se que José António Cerejo é um jornalista de "tendências" e que, não obstante ter o estatuto de "grande repórter", trabalha "orientado" para determinados resultados que ele próprio estabelece no início de uma investigação.

O segundo artigo que assina hoje no Público reforça precisamente isso, com um tom ainda mais persecutório, falando em supostos favorecimentos a "boys" e "girls", esquecendo-se de referir que Santana manteve quase intocáveis antigos dirigentes da Santa Casa que já vinham do tempo do socialista Rui Cunha. Aliás, esta complacência de Santana não será do agrado de alguns "laranjinhas". E já agora, Cerejo também se "esqueceu" de referir que alguns dos nomes que cita já fazem parte dos quadros da Santa Casa há muitos anos.

Coincidência ou não, entre estes dois artigos era publicado, ontem ao final da tarde, um outro texto, mas desta vez no Observador (talvez apanhando a mesma "onda" do Cerejo), a dizer que a SCML aparecia na lista dos incumpridores da Lei dos Compromissos porque, supostamente, não tinha entregue às Finanças a informação referente ao mês de Junho.

Esta questão não tem qualquer interesse jornalístico, porque se trata de um mero processo burocrático, e que ainda por cima, ao que parece, a SCML está isenta dessa responsabilidade. O interessante é ver o Observador ir procurar esta informação e dar destaque a este facto, precisamente no próprio dia em que o Cerejo fazia o seu primeiro "ataque". Com esta história lembrei-me também que David Diniz, director do Observador, foi assessor de Durão Barroso e aquele aquele projecto terá sido criado com um objectivo político bem definido.


Em política, estes encadeamentos de acontecimentos, por vezes subtis e que passam despercebidos à maior parte das pessoas, representam muita coisa e vão para lá das coincidências. E como diria esse alguém citado no início desse texto, Marcelo já foi "arrumado" pela imposição dos acontecimentos... Ao Santana, que começou a ser levado a sério para umas presidenciais, estão agora a tentar "fazer-lhe a folha", como diria o povo.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Bem lembrado

Durão Barroso deu uma entrevista, à SIC e ao Expresso, do alto de Bruxelas contemplando Portugal, nomeadamente Belém, e lembrou-se que tinha chamado Vítor Constâncio, para discussão em S. Bento, sobre o BPN. Houve quem tivesse notado, estes dons de Cassandra, de José Manuel Barroso, e corra a questionar o Banco de Portugal sobre o sucedido.

Mas, partindo do cepticismo, próprio à boa epistemologia, será que o ex-Primeiro-Ministro em fuga Durão Barroso quer mesmo, procurando cimentar a sua clarividência, saber o que se passou?


segunda-feira, 24 de março de 2014

Oh là là

As eleições, em França, este ano prometem, as eleições municipais podem ser o indicador avançado das europeias...

Dessin de Balaban, Luxembourg.

segunda-feira, 17 de março de 2014

A entrevista de PSL

Parece que a entrevista de Santana Lopes ao Público causou "estranheza". Que diabo, mas eu já não tinha lido algures aqui isto mesmo. Pois. E não é que o homem é coerente? Coisa "estranha" em política.

quarta-feira, 12 de março de 2014

segunda-feira, 10 de março de 2014